Documentário realizado por Felipe Pasini, llana Nina e Monica Soffiatti que retrata o modo de vida de pessoas que possuem uma íntima relação com a terra e os aspectos positivos que isso proporciona. Baseando no pensamento e trabalho do agricultor e pesquisador suíço Ernst Gotsch (foto), várias pessoas do semi-árido fazem de seus campos de Caatinga, até então poucos férteis, em uma verdadeira floresta produtiva. Através do sistema agroflorestal esses produtores combinam culturas agrícolas e florestais de características e funções variadas em prol do equilíbrio do ecossistema e da qualidade de vida do produtor. A relação com a terra e o conhecimento de quem a maneja é determinante para o sucesso da plantação. Um produtor destaca que mato não é mato, e cada planta têm um nome e uma função, e que quanto mais você conhece a planta mais se afasta do uso de agrotóxicos, uma vez que conhece seus artifícios de interação com o meio. Os produtores chegam a ter mais de 50 espécies de plantas em uma área que pela maioria é julgada improdutiva, reforçando a ideia de que a informação tem que chegar a todos, o que tornaria a população muito mais independente dos produtos que ritualmente compram nas prateleiras. Ao poder público cabe fornecer esse conhecimento para as famílias que vivem em terras nem sempre privilegiadas pelo clima e recursos naturais. Ernst Gotsch ressalta que fazer um trabalho de recuperação de solos no país seria mais barato que qualquer programa social.
Uma boa e sadia produção agrícola pode estar desvinculada de qualquer plantio convencional que predomina no mundo. A produção com agrotóxicos e adubos sintéticos é tida como uma solução rápida, prática e lucrativa, mas geradoras de danos incalculáveis em toda cadeia envolvida. Entretanto, o documentário é mais uma fonte que aborda o uso de estratégias alternativas eficientes, e que pode vir a ser a solução de problemas como a miséria no semi-árido, o uso de produtos altamente tóxicos e a insustentabilidade do ambiente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário