quarta-feira, 30 de abril de 2014

[CONSCIÊNCIA] "SOMOS TODOS MACACOS", A #REVOLUÇÃO NA CONTRAMÃO DO SUCESSO


Daniel Alves mitou. Mitou mesmo. O ato de comer a banana foi uma ótima desconstrução simbólica de um objeto que então representava o racismo endereçado a ele. Agora, espera aí! Não é comendo banana, rindo, que vamos combater o racismo. A desconstrução do símbolo precisa vir acompanhada de atitudes coletivas sérias, da crítica dura e forte ao racismo, do lembrete de que a banana tacada no campo é só uma amostra de todxs xs negrxs mortxs por aí, principalmente através do braço do Estado, de que existe um padrão de beleza calcado na "boa aparência" que nada mais significa que pele clara e cabelo liso e mais um milhão de outras coisas cotidianamente a reafirmarem o racismo.

Quando se diz que "somos todos macacos" o que se busca não é escancarar o racismo e pensar como vamos combatê-lo efetivamente, como vamos acabar com ele, como vamos punir quem promove atitudes racistas. Não, simplesmente se propõe uma saída conciliatória para a questão - num tom de "que lindo, somos todos iguais". Desculpe, não, não somos todxs iguais. Ainda não. Não enquanto não reconhecermos que existe sim racismo, opressão, desigualdade e não trabalharmos para mudar a sociedade. Enquanto negrxs tentam há séculos reafirmar a sua luta histórica, o "somos todos macacos" responde: "veja, não precisa ficar aí gritando por suas pautas, não precisa ficar lutando para não morrer, para não ser suspeito a priori, para não ser arrastada pelo asfalto, para não sofrer preconceito na entrevista de emprego, numa loja etc.. Afinal, somos todos iguais, não é mesmo?". Nada mais que um reloaded do "Dia da consciência humana". E isso não é lindo

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quarta-feira, 16 de abril de 2014

[MÚSICA] O RESPEITÁVEL CIRCO DE DON CESÃO



Bem Vindo ao Circo de DonCesão, foi um dos primeiros álbuns temático do rep nacional, mostrando a amplitude que esse gênero musical poético pode atingir. O cenário circense faz a base para os versos projetados nos enredos e falácias do grande circo do mundoO MC relaciona o circo como um fato forte no imaginário das pessoas desde a infância e assim trabalhar com o sentido figurado auxilia a percepção dos relatos.

As participações de peso ficam por conta de Shaw, Elo da Corrente, Ogi, Rodrigo Brandão, Lurdez da Luz, Pizzol, Dr. Caligari, MI, Elliot. Abaixo o álbum para download e dois vídeos, i. Abertura (01 Bem Vindo ao Circo, 02 Bilheteria) no lançamento do álbum, realizado em um circo; ii. Faixa 07 Cego, Surdo, Mudo.

"Contar história em primeira pessoa é legal, emociona. É como um filme, você vê o que a pessoa tá vivendo e acaba sentindo um pouco também. Quando a criancinha fala no começo do disco e vem a música dos malabares, você já imagina a criança no farol e toda a evolução dela. O personagem traz a imagem na cabeça da pessoa, e eu dou a minha visão em cima. Às vezes combina, às vezes conflita. E a ideia era relacionar esses personagens de uma maneira diferente, sem ser óbvio. Como o mágico, que é aquela coisa que sempre dá certo, consegue atos espetaculares. Na música é uma coisa mais sofrida, de ser um herói da vida real. Ou o palhaço, que já remete a brincadeira, tem uma associação fácil. No caso da música é uma tiração de sarro, porque ele tomou um pé na bunda da mulher e está sendo feito de palhaço, saca? " DonCesão

Bem Vindo ao Circo (2011)

01 Bem Vindo ao Circo
02 Bilheteria
03 Malabares (part. Lurdez da Luz)
04 O Despertar do Mágico
05 Equilibrista
06 Fogo
07 Cego, Surdo, Mudo (part. Elo da Corrente)
08 ZOOado (Bicho-Homem)
09 Atirador de Facas (part. Shaw)
10 Homem Bala (part. Pizzol, Dr. Caligari e MI)
11 Domador de Leões
12 Ilusionista (part. Elliot)
13 Applebum
14 Amor Perdido
15 Palhaço de Cara
16 O Show Já Terminou (part. Ogi e Rodrigo Brandão)



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